17.11.13

.Vai.

Seguíamos caminhando em silêncio.

Ele, em um silêncio conhecedor. Já eu estava somente evitando que algum dos meus corriqueiros comentários idiotas estragasse a solenidade do momento.

Continuamos.

Eu apenas o seguia, não fazia ideia para onde íamos, mas ele parecia saber. Ele sempre sabe e isso era suficiente para me tranquilizar.  

Então, paramos. Sentamos. Ele começou a falar.

Terror, vergonha, assombro, dor, culpa, arrependimento, esperança, cura, alegria. Suas palavras trouxeram as mais profundas emoções que já senti. Suas palavras provocaram as mais poderosas revoluções que conheci. Suas palavras me desmascararam e me ergueram.
Suas palavras. De vida. Dele mesmo.

Essa tem sido a minha caminhada mais impressionante e, veja só, ela mal começou.


E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? Lucas 24:32