25.12.08

leseiras.com

Excepcionamente hoje- nesse dia de natal- temos uma convidada especial aqui no rascunhos: Nadine!

- Então, Na, o que você tem a dizer?
-Muitas coisaas...
-Huuum, que interessante. O que mais especificamente?
-Estão vagas...
-( não se intimide, Na, o pessoal aqui é da paz..) Nada mais preciso?
-(Nadine com cara feia pra mim)
- Er.. então.. tá calor, né?
- Que mudança radical de assunto. Isso é sinônimo de que não tem nada pra dizer..é sério, quando a pessoa fala do tempo.
- Pois é, eu acho que a gente tá sem assunto.
-Eu não acredito que tu vai postar isso não.
-É, pra você ver. Quando eu digo que tô sem postar porque tô sem criatividade o pessoal não acredita.
-(Nadine faz sons estranhos) Eu juro que não acredito que vc vai postar isso..
-É. Um post de natal merecia ser mais bacana,né?
-Também acho.
-Mas vamos deixar esse aqui do jeito que tá mesmo que depois eu penso numa coisa mais inspiradora.
- Os teus leitores não merecem isso e a tua mãe tá chamando.
-É, bora almoçar.
- Hehehe.


(essa é uma conversa ficcional, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência)

14.12.08

.Sobre novas coisas.

- Surpesa!!!
- Ahahahaha!! Eu já devia imaginar.
- E você imaginou. Você estava ansiosa pela nossa tradicional conversa de fim-de-ano.
- É verdade, confesso.
- Então, o que você tem a me dizer?
- Mudou de pergunta, né? Grandes progressos por aqui..
- É que você já me respondeu a principal, então resolvi deixar a questão mais aberta..
-Ah, tá.
- Prefere uma pergunta mais específica?
- Prefiro.
- O que você tem aprendido?
- Viiiixe, a resposta daria um livro.
- Mesmo?
- Er..não, porque tem aquela história de que a gente só aprende mesmo quando coloca em prática, né?
- É, mas antes da prática tem as mudanças de dentro.
- Aham. Quanto a essas eu fico feliz. Conheci umas revoluções poderosas aqui dentro.
- Hum. Coisas novas?
- Novas e eternas.
- Gosto disso.
- Eu também.
- Então, foi um bom ano, não foi?
- Foi sim. Mesmo, mesmo.
- E você, como sempre, espera por mais.
- Falando assim, pareço ambiciosa..
- Não quando se é uma sonhadora.
- Aha.
-Fico feliz em reencontrá-la, nos veremos de novo. Prometo.
- Eu é que fico feliz. Por falar em feliz: Feliz ano novo!
- Feliz!!!

22.7.08

.Firmamento.

Sabia que era uma idéia absurda aquela de entrar para um curso de perna de pau, mas lá estava ela negociando com seu medo de altura. As instruções eram simples: equilíbrio, concentração e.. segurança. Cadê a coragem?

Calçou o chinelo acima das longas varetas.Foi se erguendo devagar com muita ajuda, quase não largou a mão do instrutor. Repensou pela milionésima vez do porquê dessa insanidade. Frio na barriga, suor, não podia tremer. Conseguiu se sustentar, enfim.

Mal acreditava que estava a um metro e meio do chão. Respirou fundo. Uôôôu! O mundo era tão diferente lá de cima, ela era tão diferente lá de cima até mesmo o ar que respirava parecia outro.Descobriu uma sensação nova: tinha medo e queria mais.

Ela entendeu que tinha sido destinada às alturas. Ela precisava ir mais alto, e mais alto, e mais alto. O propósito da sua vida estava diante de seus olhos: ir além. Ela queria chegar mais perto. E, iria.





"Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Isaías 55:9

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9.7.08

.Amora.

Ela é linda, e o que é mais fascinante, da sua própria maneira. Eu sorri e ela veio até mim, eu a segurei tão despropositadamente... tão desengonçada. Não estava pensando, só estendi os braços e a segurei. E lá estava ela, divertida, com seus pequenos olhos brilhantes. Então, ela reclinou a cabeça no meu colo e ficou lá quietinha. Desmoronei. Nunca fui uma dessas pessoas aficionadas por bebês, nem sou de ficar falando com aquele jeito engraçado que todo mundo fala diante das crianças pequenas. Nunca me percebi com essa história de instinto materno, eu acho que eu sempre me imaginei com netos, e não com filhos. Mas ela estava lá, quase dormindo nos meus braços. Eu podia sentir o seu corpinho e a sua voz vibrando tentando falar alguma coisa ininteligível.


Foi então que eu entendi. Que quando se tem algo realmente precioso todo o resto desaparece. É por isso que o amor fragiliza as pessoas, ele nos coloca em segundo plano, porque o amor seria capaz de entregar a própria vida para proteger a quem se ama. É por isso que o amor fortalece as pessoas, ele não recorre à razão, ele nos diz como agir independente das circunstâncias que se apresentam.



Sim, eu quero poder ouvir. Eu quero ver. Sobretudo, sentir.

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6.7.08

Dos rascunhos que nunca irão pro lixo.

Noite passada eu tive um sonho. Não foi um dos sonhos bizarros com golfinhos mutantes que tem asas de borboletas (é, eu tenho sonhos bizarros), mas foi um daqueles sonhos quem mexem com você. Muito bem, eu já não lembro com riqueza de detalhes, mas vou contar.


Eu estava falando. Sim, como numa espécie de pregação. Eu estava preocupada em transmitir uma mensagem e em me fazer entender, eu estava me esforçando pra convencer alguém de alguma coisa. Eu lembro da sensação de ficar bem satisfeita com aquilo que eu falava e do pensamento "hey, isso faz bastante sentido!". Aí eu comecei a me dar conta que as palavras não eram minhas. Não era eu quem as estava produzindo, eu só as falava. E quem estava me ouvindo? Pra quem eu estava falando? Eu. Aquelas palavras estavam endereçadas a mim. E como era bom ouvi-las. Eu não lembro de todas as coisas que foram ditas, mas restou uma frase na minha memória.

“Deus nos criou pra ter uma vida de excelência, não uma vida medíocre”.


Olha, eu sempre fui adepta do discurso de que as palavras tem poder. Sério mesmo, olhe em volta e perceba como as palavras estão fazendo uma diferença enorme. Eu acho que todo mundo já pôde experimentar de como uma palavra pode ser capaz de alegrar o seu coração, ou de te fazer rir, ou de provocar uma indignação profunda, ou de gerar uma confusão enorme. Eu também acredito que você já experimentou o arrependimento das palavras não ditas... e dessas você não esquece. Mas, o que eu estou te dizendo, meu amigo, é que há palavras em específico que mudam o seu rumo. Elas marcam quem você é, porque elas fazem você repensar. Algumas palavras podem te mudar pra sempre.


Hoje eu ouvi a Palavra. Ela foi entrando e percorrendo os lugares, provocando mudanças aqui dentro. Por causa dela, eu estou aqui compartilhando essas outras tantas palavras com você.


Então eu estou me dispondo. Se você quiser trocar palavras comigo, eu estou aqui. Prometo que não deixarei de falar, novamente. Não faça cerimônias, não comigo. Estou disposta a ouvir você.



"6
Então disse eu: Ah, Senhor DEUS! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino.
7
Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás.
8
Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o SENHOR.
9
E estendeu o SENHOR a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;"
Jeremias 1
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A propósito, voltei. =)

19.5.08

Absente.

Aviso aos senhores leitores:

Este espaço está temporariamente fechado, o motivo: reformas. Estamos investindo na sua maior comodidade e segurança. Agradecemos desde já a compreensão.

Volte sempre e obrigada pela preferência!


ps.: Não demoro muito não, prometo. ;)

15.5.08

7433 dias.

Há aqueles dias em que você sente o ar entrando nos seus pulmões e acredita poder mudar o mundo.

Há outros em que você deixa envolver por todas as atividades que te compete fazer e nem lembra de pensar seja sobre o ruflar de asas de uma borboleta os sobre os outros 6,5 bilhões como você.

Há dias em que você se dá o luxo de ficar um pouco mais debaixo do seu lençol quentinho e sente que o seu quarto é o melhor lugar do mundo.

Há outros dias em que você ri por qualquer besteira, seja por trocadilhos bestas ou por falas impensadas daqueles a quem você chama de amigos.

Há dias em que você se preocupa com bobagens que não vão te levar a lugar nenhum e as horas se arrastam.

Há dias em que você tem explosões de amor dentro de você e enxerga o mundo através de lentes coloridas.

Há dias em que você se entristece com toda a miséria do planeta e se segura para não chorar.

Há dias em que tudo o que você precisa é ficar quieto e pensar.

Há dias em que você se irrita por qualquer coisa e tenta desfazer o nó que trava na garganta.

Há dias em que você se permite sonhar e nesses dias você deixa escapar um sorriso de orelha a orelha.


E lá está a linha invisível que vai ligando todos esses dias, o fio da sua história. Uma narrativa de grandes capítulos e páginas memoráveis. Torçamos pelos bons leitores.



“ Um dia de chuva é tão belo quanto um dia de sol. Ambos existem, cada um como é”.
Fernando Pessoa.




*Nota ao Autor: O Senhor tem escrito páginas excelentes!

30.4.08

Hein?

E agora isso.

As palavras estão desertando na certeza de quem vai perder. Me deixaram aqui desarmada e sem recursos, todos os subterfúgios não passam de bobagens. Não me atrevo a piscar os olhos que é pra não perder nenhum detalhe. Todas essas coisas estão ocupando espaço dentro de mim, talvez por isso o meu coração se aperte, talvez por isso as borboletas voem, talvez por isso a música toque.


Mas tudo não passa de suposições. Está chovendo aqui.


Os sentidos estão em todas as partes e o sentido está em lugar nenhum, todo sentido deu-se férias e saiu pra passear com a lógica. Todas as não-afirmações, os silêncios e as esperas estão batendo no meu ombro e eu insistentemente os recuso a atenção que me imploram. Estou negociando com a esperança mas ela parece inflexível.


Eu vou dormir antes que seja tarde, ou, porque está tarde.

19.4.08

Uma nota sobre a morte.

A beleza das flores estava lá, mas mesmo elas murchariam com o tempo. Assim como o corpo sem vida que tentavam cobrir.

Toda carne é como a flor da erva¹: passageira.


Hoje eu vi a dor de perto. Vi lágrimas de uma saudade implacável. Vi o sofrimento de laços que se rompem. Eu vi a morte, de novo.


Mas, hoje, eu olhei pra cima. Além das lápides e túmulos com fotografias antigas, eu vi o céu, e ele estava lindo. O sol estava se pondo e as nuvens mais pareciam pinceladas brancas no grande azul.



Hoje eu vi o amor de perto. Vi a misericórdia de um Pai amoroso com seus filhos, garantindo que lhes prepararia lugar². Vi uma aliança de Sangue que é inquebrável. Eu vi a vida, pra sempre.







Hoje eu resolvi tirar meus olhos do passageiro e começar a enxergar o que é eterno.








¹"Porque: Toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre." 1Pedro 1:24-25

² "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." João 14:1-2

18.4.08

História de Transeuntes.

Ela sempre gostou do contato do vento com a sua pele, mas adorava quando ele brincava com seus cabelos. Naquela tarde de vento frio ela caminhava determinada pela rua de paralelepípedos. Lembrou dos tempos em que se esforçava pra dizer a palavra que acreditava ser a maior de todas: paralelepípedo.

Ele sempre gostou do pôr-do-sol, mas adorava quando ele resolvia tingir o céu inteiro.Naquele final de tarde rosa-alaranjado ele caminhava confiante pela rua não-asfaltada. Lembrou do tempo que se divertia chutando pedrinhas na rua.



Esquina.Esbarrão.Choque.




Aqueles dois nunca mais veriam a tarde do mesmo jeito.

26.2.08

Eustáquio.

Você está sozinho e é noite.



O temido encontro entre você e a pessoa que você encontra no espelho todas as manhãs. Você ouve música pra desconversar, um pretexto, uma desculpa, como quem fala sobre as variações metereológicas..



Não adianta.



Você tenta ler alguma coisa, se distrair. Liga a TV, de repente, pode ser que hoje passe o espisódio da série que você perdeu..



É tudo em vão.



Você entra na internet. Orkut, youtube, MSN e todos os links que tinha ficado de visitar. Nada é capaz de chamar a sua atenção ali. A grande rede que te conecta com o mundo todo não te satifaz. Você está fugindo, o problema é que o perseguidor está na sua cola.



Não há como escapar.



É aí que você senta. Cede, enfim. Lutou pra evitar esse momento inadiável, porque como você já esperava, ia doer. E é claro, você instintivamente evita a dor. Mas, instintivamente também você luta pra sobreviver. Já não era mais possível continuar assim.



Vocês discutem a relação.

Você aponta cada um dos problemas que estão ali. E são tantos..

Você se pergunta quando foi que abriu a porta para que eles entrassem.

Você derrama lágrimas, e excepcionalmente hoje elas não parecem vãs.

Então, hoje, você finalmente deixa que sua pele de dragão seja arrancada. Dolorosamente arrancada. As garras afiadas dilaceram a grossa crosta que lhe cobria. E, é aí que finalmente você se vê livre dela.

Livre.
Aliviado.
Curado.
Bonito.







20.2.08

Valsa.

Encomenda
Cecília Meireles


Desejo uma fotografia

como esta - o senhor vê? - como esta:

em que para sempre me ria

como um vestido de eterna festa.



Como tenho a testa sombria,

derrame luz na minha testa.

Deixe esta ruga, que me empresta

um certo ar de sabedoria.



Não meta fundos de floresta

nem de arbitrária fantasia...

Não... Neste espaço que ainda resta,

Ponha uma cadeira vazia.



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Um, dois, um, dois, um, dois, giraaaando .

Tá ouvindo? A música do mundo.

=)

12.2.08

Metonímia

Em um minuto cabem 60 segundos.
Em um metro, 100 cm.
Numa xícara de chá cabem 240 ml.
Numa caixa de chocolate Ferrero Rocher, 25 bombons.
Num tubo de creme dental, 90 gramas.
Numa célula humana, 23 pares de cromossomos.
Numa latinha de coca-cola, 350 mls.
Numa Lavanda Pop d'O Boticário, 11O mls.
Em um cd, 700Mb.
Em um dia, 24 horas.








A pergunta é: quanto amor cabe em você?

6.2.08

Herança.

Cabelos brancos. Rugas recobrem seus olhinhos apertados, olhos que assistiram a tantas e tantas voltas que esse mundo deu. Ao seu lado, a pequena esperança de tantas voltas que ele ainda dará, dias melhores, ela espera.


- Quer chocolate, vó?
- Não, minha querida. Venha até aqui.
- A senhora tá bem?
- Vê esses cabelos branquinhos?
- Aham.
- Eles já foram pretos como os seus.
- Foi quando a senhora tava tomando banho que a cor saiu? Quando a Margarida pinta o cabelo de vermelho..
- Não, foi o tempo.
- O tempo?!
- O tempo faz muitas coisas, querida.Ouça bem o que eu vou lhe dizer, tá bom?
- Tá bom.
- Eu quero que você preste bem atenção e guarde essas palavras. Você ainda vai precisar muito delas.
- Pra quê, vó?
- Pra vida.
- Tá. Pode falar, vó.
- Seja tolerante com as pessoas. Elas são como você.
- E o que é tolerante, vó? Vó?



______________________________________________Aí eu me convenço que afinal, as filas não são de todo insuportáveis, vez ou outra você esbarra com umas figuras que valem muito a pena.

27.1.08

Frágil.

Seus olhos brilhavam hoje. Mais do que seus olhos de criança costumavam brilhar. Sob a ponta dos pés se esticava toda, apoiando seu queixo sob a mesa. Ela estava hipnotizada pelo embrulho dourado de fita vermelha. Ela sabia o que era. Todo mundo na casa sabia o que era. Até o Bartolomeu, o São Bernardo da sua mesma idade, sabia o que era. Nos últimos três meses não houve um dia sequer em que ela não sonhasse com aquela boneca. Não era daquelas que passavam no comercial da tv. Não era daquelas que suas amigas se gabavam colecionando o guarda-roupa inteiro de pecinhas minúsculas. Não era uma boneca qualquer e ela soube disso desde o primeiro instante que a viu.

O encontro se deu enquanto passeava com sua mãe durante uma tarde morna, foi quando passou pela vitrine de uma loja de artesanato e a viu, ou melhor, viram-se. Nunca na sua longa vida de seis anos tinha visto uma como ela. Era branquinha, de olhos pintados, pretos como os cabelos em tranças e bochechas rosadas. Linda. Ficou estatelada na calçada em profunda contemplação. A mãe prometeu. Ela esperou.

Quando finalmente entregaram-lhe o esperado presente ela mal podia conter-se. Abriu um largo sorriso junto com o pacote que se desfazia. Passou um longo minuto a admirando. Segurava com delicada devoção sua boneca, ainda não acreditava que ela estava ali em suas pequenas mãos. Uma cena bonita de se ver. Foi quando então, algum desavisado falou: - Que linda boneca de porcelana!

Seu coração parou de bater ao ouvir aquela palavra. Arregalou os olhos e suspendeu a respiração. “Porcelana. Porcelana. Como assim, porcelana?”
Lembrou do prato que caíra da parede e se espatifara no chão. Lembrou da xícara que rendera um bom ralho. Lembrou dos cacos espalhados e temeu. Temeu por sua boneca. Temeu por si mesma. Sua preciosa estava ameaçada por causa daquilo de que era feita.

Porcelana.

Deixou uma lágrima escapar e rolar grossa por seu rostinho redondo. Levantou-se devagar de entre os papéis rasgados. Por medo de quebrá-la pediu para colocarem seu novo presente na estante, da onde podia olhá-la em segurança, mas nunca a ter.